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Presenciada Lastimável e Vergonhosa Situação

Entre as palavras e as ideias detesto esta: tolerância.
É uma palavra das sociedades morais em face da imoralidade que utilizam.
Agostinho da Silva

O número cada vez maior de viajantes brasileiros pelo mundo, mercê do aumento da população, dos créditos cada vez mais elásticos, propiciando, sob um prisma, o fluxo mais acentuado e, sob outro, a inadimplência de parcela de turistas frequentadores dos aludidos cartões, deveria ter provocado, entre os governantes e as entidades privadas, nas quais se incluem as companhias aéreas e as administrações dos aeroportos pátrios, um estudo apriorístico e atento a toda essa realidade que só tende a ser mais caótica com o decorrer do tempo.

Se considerarmos, como exemplos, alguns aeroportos importantes da Europa, como os de Frankfurt, Paris, Londres, Bruxelas, Amsterdã, Madrid e o do Porto, que, apesar de menor, recebeu premiação de grande relevo, verificaremos que há respeito ao cidadão. Consideram-no como a figura central de todo o processo. Sim, há a visão do lucro nesse mundo capitalista, perceptível nas menores coisas, mas as comodidades oferecidas por esses aeroportos e tantos outros refletem a intenção da preservação da dignidade. Consideremos também o estágio de consciência coletiva, que realmente parece evidente.

Saímos do belo aeroporto da cidade portuense (Sá Carneiro) em direção ao de Madrid (Barajas). Ali chegando, observamos a impecável sinalização. Assim como em outros excelentes aeroportos europeus, há verdadeira infraestutura, como longas esteiras intermediadas que se sucedem após breves interrupções, que correspondem às portas de embarque. Em cada segmento dessas esteiras há toilettes femininas, masculinas e para deficientes físicos. Limpas.  O trem interno (comum em vários outros aeroportos europeus) é pontualíssimo, a ligar os terminais concernentes ao dos voos mais curtos pela Europa e proximidades e àqueles de longo alcance, transoceânicos e transcontinentais. Tudo automatizado. Ao viajante basta seguir as indicações para chegar ao local indicado no bilhete.

Nós, brasileiros, conhecemos bem nossos aeroportos. Numa cidade da dimensão de São Paulo, entre as dez maiores do planeta, é inadmissível o que ocorre em Guarulhos após o desembarque, no longo, estreito e tortuoso trajeto que leva às escadas que darão acesso à Polícia Federal. Sem sanitários, os passageiros caminham, tantos sôfregos, mormente os idosos e portadores de alguma deficiência física. O nosso desembarque se processou numa lentidão absurda. Das 6:25 da manhã, assim que saímos do finger, às 8:00! Surrealista o cenário. Passos lentíssimos e a aglomeração congestionada, com a agravante de todos carregarem as bagagens de mão. Metros adiante, de outro desses fingers saía outra leva, esta vinda de Miami. Congestionamento intolerável. Após um tempo enorme descobrimos a causa, retrato de um Quarto Mundo. Três baldes ocupavam mais de metade do estreito corredor, a fim de receber as goteiras que caíam da laje, pois chovia bastante. Uma placa onde se lia “DANGER – Piso molhado”, indicava um estreitíssimo espaço que permitia apenas uma fila indiana. Nativos e estrangeiros diziam impropérios os mais diversos. De um espanhol ouvi constrangedora frase,  a aludir que o avião tomara outro rumo e chegara ao centro da África. Há dezenas de anos que São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais ouvem reclamações procedentes. Incúria administrativa, descaso total. Outras são as preocupações de governantes e empresários. Deles só ouvimos promessas vãs e paliativas!

Após a liberação das bagagens, mais um transtorno que o cidadão sofre. A depender do horário demora-se horas para se chegar à cidade e aos seus bairros próximos ao centro. Levamos três longas horas. No total, do desembarque às 6:25 até nossa cidade-bairro, Brooklin-Campo Belo, foram 4:35!

Taxas de embarque exorbitantes cobradas em nossos aeroportos,  inexistência de trem e metrô que desafogariam o tráfego, serviços internos ineficientes, fila de check-in a atravessar toda a área de circulação, preços rigorosamente abusivos a partir do estacionamento e de um simples cafezinho, congestionamentos diários e a total alienação das autoridades estão a encaminhar os  brasileiros para o grande constrangimento coletivo, que será a recepção de grande quantidade de turistas durante a Copa e as Olimpíadas. Realmente não estamos preparados minimamente. O controvertido ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol ao menos em uma afirmação acertou plenamente ao dizer, referindo-se à Copa de 2014, que o problema do Brasil estava resumido: “aeroportos, aeroportos, aeroportos”. Esperemos que haja algum milagre. Seria pedir muito?

On the poor conditions of Brazilian airports, their inadequacy to handle increasing passenger traffic and the possible national embarrassment Brazilians will face during the World Cup and the Olympic Games if their aging infrastructure is not renovated.

          

 

História e Natureza, Expressões do Belo

 

Finda a tournée plena de tantos eventos, ficaram as recordações, mormente quando ilustrações documentam episódios inusitados para nós. As viagens a Portugal, sempre a tocar ou a realizar outras atividades musicais, possibilitam tempo restrito para a visão extra-sonora. Todavia, sempre que momentos livres existam, não deixo de ver aquilo que é história: igreja, mosteiro, convento, castelo, museu, biblioteca, livraria, construções outras e… a natureza que está a pedir eternamente que a deixem em paz para a sobrevivência de todos nós.

A preceder a  descida ao Algarve, após as apresentações em Évora, ainda tivemos o prazer de passar por Castro Verde, vila portuguesa pertencente ao Distrito de Beja, na sub-região do Baixo Alentejo. José Maria insistiu em que conhecêssemos a Basílica Real – Igreja Nossa Senhora da Conceição -, mandada construir por D.João V (1707-1750). A extraordinária Basílica, de uma só nave, abriga nas laterais do amplo espaço painéis de magnificente azulejaria, a representar os feitos da batalha de Ourique, que se deu aos 25 de Julho de 1139, em que as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques (1109-1185), derrotaram as muçulmanas que contavam com número superior de combatentes. Causa um grande impacto o conjunto de azulejos do século XVIII e a expressividade gestual de centenas de personagens guerreiras. O Museu da Basílica apresenta raras peças da imaginária cristã.

Da viagem ao Algarve, entre um recital e outro, tivemos a alegria de um regresso à região algarvia, hospedados uma vez mais em casa dos sogros do amigo e professor José Maria Pedrosa Cardoso. Nas várias idas a Lagos, a recepção em casa dos pais de Manuela, Firmino e Maria Elias, é fraterna, descontraída, de intensa troca de afetos. Naturalmente, sabem levar-nos à emoção, tão intensa e sincera a acolhida se faz. Regina e Manuela mais parecem irmãs nas tantas afinidades.

Enquanto Regina tem seus programas com os amigos, José Maria e eu gostamos de caminhar pela orla marítima, mormente à noite, quando o vento que sopra do mar traz parte da história das navegações. Tudo aconteceu naquela região que se estende até o Cabo de São Vicente. Nunca penso nesses ventos como outros de mesma intensidade. Sagres, a epopéia das navegações, que levou intrépidos navegantes a deslizar pela costa de África e por fim contorná-la, a fim de atingir as Índias; o caminho em direção a oeste, que os conduziu à costa brasileira, são episódios que me vêm à mente quando estou a caminhar com José Maria a falar sobre música, literatura, artes, história e tantos outros temas. Em Lagos, passamos pela janela em que D. Sebastião (1554-1578), o jovem e infortunado rei, despediu-se para a tresloucada aventura  para nunca mais voltar, sucumbindo, juntamente com significativas figuras da nobreza portuguesa, na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, motivando a crise dinástica de 1580, com consequências seriíssimas para Portugal. O corpo de D. Sebastião jamais foi encontrado, o que gerou mitos e lendas. Criou-se o Sebastianismo, presente na mente do povo de Portugal e do nordeste brasileiro, que, no rico imaginário, “acredita” no regresso do rei.

Lagos é cidade única. Da orla pode-se ver, a leste, Portimão iluminada; a oeste, durante o dia, os contornos, das formações rochosas e falésias que convivem com o mar, tantas vezes bravio, e que se estendem além de Sagres até o Cabo de São Vicente. O Algarve é realmente uma região de rara beleza.

José Maria, ao sentir meu interesse traduzido em tantas perguntas, convida-nos para um passeio inusitado, a visita às grutas que se situam a oeste de Lagos, sempre a ter as falésias e as pequenas praias como decorações marcantes. Em uma manhã de maré baixa partimos em uma canoa a motor conduzida por Gilberto, barqueiro bem experiente, e fomos a contornar essa forte paisagem. Passeio de uma hora. Entramos em várias grutas de rara beleza, e que no imaginário popular adquirem nomes curiosos: elefante, gorila, bolo de noiva… Podíamos, por vezes, tocar as rochas, mercê da extrema habilidade do barqueiro. O mar, que nessas grutas tem  transparência absoluta quando à luz do sol, torna-se sombrio ao nelas adentrarmos, o que propicia um espetáculo da natureza quando raios solares penetram em determinada fenda, revelando focos da imaculada limpidez das águas. Como souberam alguns pintores que pertenceram ao impressionismo e às suas ramificações captar em França a magia e o mistério de rochedos e falésias! Claude Monet (1840-1926), Georges Seurat (1859-1891), Armand Guillaumin (1841-1927), Paul Cézanne (1839-1906)  ), Henry Moret (1856-1913) e tantos outros… Que fascínio essas formações rochosas exerceram para os artistas da cor e da luminosidade! Se conhecessem as da Ponta da Piedade na região de Lagos! Foi o Presidente da Nova República Velha Portuguesa, Manuel Teixeira Gomes, que, na década de 1920, teria dito que considerava as grutas da região lacobrigense as mais belas do mundo.

Em certo momento, perguntei a Gilberto se conhecia Firmino, o homem que durante 60 anos entendeu o vento como o segredo do mar. Discorreu sobre a intrepidez do sogro de José Maria, pois Firmino tornou-se  verdadeira lenda entre os pescadores. Perguntei-lhe se ele, no centro de Lagos, sentava-se no banco “picha murcha”. Essa expressão, que conheci em Évora, através do amigo Urbano, teria até praça desse nome em Viana do Alentejo. Refere-se ao banco dos velhotes e aposentados que ficam a trocar conversa durante o dia. Gilberto prontamente disse não. Era essa a resposta que esperava, pois, aposentado, o quase octogenário Firmino todos os dias pega bem cedo o ônibus que o leva a Sagres. Viagem de cerca de uma hora, pois o veículo para em inúmeros lugares. Trabalha o dia inteiro a consertar redes, limpar peixes e ajudar pescadores. Um herói do mar que, fora dele, permanece na ativa, a continuar a trajetória vocacional.

Na descida ao Algarve, vindos do Alentejo, vêem-se inúmeros ninhos de cegonhas. Ficam sempre ao alto, seja em torres de transmissão, ou em topo de alguma chaminé de fábrica desativada, mas independentes de matas mais cerradas, aliás raras na região. Por vezes as vemos sobrevoar com elegância a planura em busca de pequenos roedores ou serpentes. Maria Elias, esposa de Firmino, presenteou Regina com uma bonita tela em que um ninho está evidente. Sensível, Maria Elias soube captar o que nossas retinas já tinham fixado com rara acuidade.

 

Quanta razão não teve Claude Debussy ao afirmar que preferia ver o por do sol a ouvir a bela Sinfonia Pastoral de Beethoven. Contextualizando, temos a imagem que deveríamos reverenciar dessa natureza que clama pela atenção dos homens e que, pouco a pouco, está a ser destruída.  A incúria administrativa de mãos dadas com o poder econômico. Nada a fazer, infelizmente.

Fotos dizem e não dizem.  Se vivemos o instante do acontecido, podemos prescindir da imagem retida indelevelmente em nossas mentes. Contudo, são elas preciosas no sentido da documentação, menos pelo fato de que lá estivemos, mas mais pela beleza intrínseca que a natureza e a história generosamente nos ofertam. Partilhá-las com os leitores é motivo prazeroso.

 

 

 

Impressões a Serem Renovadas

Em Braga, os recitais oferecidos na excelente Escola de Música do Mercado Cultural do Carandá, sob a direção segura da Profª Drª Elisa Lessa, correram a contento. Causou-nos viva impressão, nessa segunda visita ao Carandá, o movimento musical a visar ao aprimoramento de crianças, adolescentes e jovens dessa bela região do Minho. Saliente-se o apoio logístico do dedicado Rui Feio, atento a todos os pormenores administrativos e operacionais.

O belíssimo edifício, todo ele, representa um marco na cultura de Braga, mercê do projeto arquitetônico bem anterior, de responsabilidade do Arquiteto Souto Moura, vencedor do Prêmio Pritzker. Frise-se que a Escola de Música do Mercado Carandá tem a participação ativa da Companhia da Música que, como iniciativa privada, recebe a colaboração do Município de Braga através de protocolo firmado. Um corpo docente de mérito, a ter à disposição salas de aula com sistemas de iluminação e som inusitados,  auditório planejado com excelente acústica e espaços bem funcionais.

Se os últimos recitais apresentados em Portugal foram em Braga é pelo fato de sempre terminar a digressão a pensar numa homenagem simbólica à memória de meu pai, nascido nessa histórica região do Minho. O neto do empregador de meu saudoso progenitor, entre 1918 e 1928, Teotónio dos Santos e a esposa Maria Teresa, sempre nos abrigam em sua belíssima morada ao pé do Bom Jesus de Braga, onde se vive uma realidade paradisíaca. Da janela do quarto, o imenso jardim, pela manhã, recebe a visita de esquilos e de pássaros como o melro, o pombo torquaz, o pica-pau e tantos outros passarinhos canoros que não se encontram no Brasil. Vê-se tudo e mais parte da cidade e a Igreja do Bom Jesus de Braga ao alto. Os sons dos grandes sinos ao alto sobrevoam a densa mata e penetram em nossos corações. A longa escadaria que leva à Igreja é frequentada por turistas e peregrinos. No dia posterior ao recital aproveitei para correr, sempre a subir pela estrada, até bem acima da Igreja, num espaço onde, em um romântico lago, barcos a remo aguardam turistas. Várias voltas pelo lago e a descida pelas centenas de degraus mantiveram-me em relativa forma física.

Ainda em Braga tivemos a grata surpresa de assistir a um excelente recital camerístico apresentado pelo jovem e promissor violinista Miguel Simões e pelo competentíssimo pianista holandês Sander Sittig. Ouvimos interpretações convincentes da Sonata Kreutzer de Beethoven. Com sólida formação na Holanda, Miguel Simões apresentou a sua primeira audição da complexa Sonata de Beethoven. Diria que, ao longo da vida, essa obra estará in progress no  repertório do talentoso violonista que apresentou, frise-se, uma versão muito bem estruturada. A segunda parte do programa teve obras de Kreisler, Tchaikowsky e Bériot. Miguel Simões revelou intensa musicalidade, virtuosidade sem exageros e compreensão estilística, características que fazem antever um belíssimo futuro pela frente para o violinista português. A apresentação se deu no bonito Theatro Circo, construído em estilo italiano no início do século XX, que fica à Avenida da Liberdade no centro de Braga. Bonita via, que tem ao centro jardim muitíssimo bem cuidado.

Insisto em iniciar a tournée em Lisboa, na Academia de Amadores de Música, templo do grande compositor Lopes-Graça, tão bem conduzida nestes últimos anos pelo amigo e professor António Ferreirinho, assessorado por equipe que me é extremamente simpática. Sentimo-nos, Regina e eu, rigorosamente em casa. Mais ainda considerando-se que ficamos hospedados, nestas últimas digressões, no lar do dileto amigo e ilustre musicólogo José Maria Pedrosa Cardoso e sua encantadora esposa Manuela, na bela Oeiras, não distante de Lisboa. Junta-se sempre a nós a fidelíssima Idalete Giga, especialista em Canto Gregoriano e Educação Musical. Encontros onde não faltam conversas musicais e boa mesa. O fato de me dedicar, há décadas, preferencialmente ao repertório pouco frequentado, faz com que essas salas menores recebam o público que realmente quer ouvir outras obras. Não desmerece o tradicional, mas tem a curiosidade da “escuta” de novos horizontes. Bem tem razão meu querido amigo Gilberto Mendes, nosso grande compositor que está a comemorar neste ano seus 90 anos: “O que importa não é a quantidade de ouvintes, mas a qualidade de público seleto que realmente lá está para o conhecimento do que componho”. Certíssimo ele. Os grandes holofotes sabem a quem procurar e tantos são ávidos pelas luzes que podem representar, por vezes, o simulacro.

Ficarão gravada em nossas mentes, de maneira indelével, essas três semanas de intensa atividade musical. Em Évora, Regina e eu tocamos em dias diferentes na bonita Igreja do Convento Nossa Senhora dos Remédios, a integrar as dependências da Eborae Musica, dirigida pela competente professora Helena Zuber. Frisemos as primeiras audições absolutas do excelente Estudo Fúrias, Volutas e Saraivadas de João Francisco Nascimento e da extraordinária Missa sem Palavras (cinco estudos litúrgicos) de Eurico Carrapatoso, compositores que me honraram com suas presenças.  Do curso a seguir, no Departamento de Música da Universidade de Évora, cujo condutor é o respeitado músico Eduardo Lopes, só tenho boas recordações pelo fato de ter ouvido promessas pianísticas debruçadas no repertório português do barroco aos nossos dias. Realmente uma alegria.

Em Tomar ficamos hospedados em casa do excelente regente coral e diretor da Escola de Música Canto Firme, António de Sousa. Ele e sua esposa, Rosário, são dedicados e sabem receber com aquela naturalidade característica da gente portuguesa. Se meu recital foi na ótima e moderna Biblioteca da cidade, o de Regina se deu na Escola Canto Firme. No dia seguinte à minha apresentação, a aula oferecida na Canto Firme para jovens atentos, serviu para a exposição de Canto de Amor e de Morte de Lopes-Graça, entre outros temas interpretativos.

Digressão finda, resta o prazer de termos apresentado, em nossos distintos recitais, não apenas obras em primeira audição dos compositores portugueses de relevo como Eurico Carrapatoso e João Nascimento, como criações pouco executadas de Fernando Lopes-Graça e Frederico de Freitas. Não deixamos de mostrar ao público que nos ouviu obras de Villa-Lobos, Francisco Mignone e Fructuoso Vianna, que também encantaram os seletíssimos ouvintes.

Planos são construídos com antecedência. Já estamos a planejar nova tournée, que será amadurecida nos meses que se seguirão. Faz parte da interação e esta é razão básica para a travessia. Repertório não falta, e qualitativo. É só querer.