O Tempo insubornável
O que seria do homem sem o fervor?
Antoine de Saint-Exupéry
(“Citadelle”)
O presente post é bem curto. A dificuldade de acessos e a minha quase absoluta ignorância a respeito da tecnologia, que avança diariamente, impedem minha atualização nesse complexo mister artificial, mas relevante.
Ao retornar às nossas terras dedicarei dois ou três blogs às viagens e haverá, em consequência, a presença de fotos que me são caras e outras que virão nessa turnê.
Ter chegado ao término europeu relativo às apresentações públicas está a me levar a experiências emocionais jamais presentes ao longo desses 71 anos, sempre a tocar e na mais absoluta comunhão com a atividade pianística, buscando aprofundar-me nos porquês da criação musical.
Sob outro aspecto, Bélgica e Portugal habitam o meu de profundis, pois nesses países vivi os mais significativos impactos quando das apresentações pianísticas, mercê também dos repertórios que, se de um prisma, abordavam com bem menos intensidade as composições tradicionalíssimas que povoaram dedos e mente nas quatro primeiras décadas, sob outra égide, o trabalho arqueológico se abriu quando penetrei no repertório do passado pouco ou nada frequentado, mas incomensuravelmente valioso, naquele da contemporaneidade, o que me fez conhecer compositores extraordinários. Se a França me é tão cara, pois parte fundamental de minha formação devo aos ensinamentos recebidos, seria contudo em torno das pesquisas sobre o notável Claude Debussy que se acentuaram as relações.
As amizades mantidas ao longo das décadas se prolongam. Dádivas.
Até um próximo blog, prezado Leitor, cúmplice das minhas linhas ao longo de dezesseis anos.