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A interpretação de leitores fiéis

Se consultarmos os mestres,
aprenderemos que a primeira condição para aprender a pensar
é a de cultivar em si a faculdade de se surpreender.
Jean Guitton (1901-1999)
(“Nouvel art de penser”, 1946)

Os dois últimos blogs tiveram recepção benfazeja. Das muitas mensagens que ampliam a minha gratidão àqueles que ainda cultuam com amor e entusiasmo temas voltados à Cultura Humanística em crise, separei algumas que me motivam a ainda ter esperanças. “Histoire Romaine et les débuts du Moyen-Âge” e os dois posts dedicados ao notável pianista português Sequeira Costa exemplificam o olhar atento dos leitores.

A derrocada da Cultura Humanística se pode sentir a cada dia, tanto no cotidiano como no enfoque que se dá aos eventos voltados às multidões. A abertura da presente Olimpíada, que deveria seguir uma tradição que remonta a 1896, quando da primeira da era moderna, realizada em Atenas, evidenciou essa decadência através de cenas sem um direcionamento explícito à cultura esportiva, a culminar com a apologia grotesca e irresponsável dos valores fundamentais de uma cultura, no caso, a cristã. O escárnio ficou evidenciado, sem nenhum rubor dos organizadores, na caricatura abominável da Santa Ceia imortalizada por Leonardo da Vinci (1452-1519). Há determinados símbolos que jamais deveriam ser profanados, sejam eles das mais variadas tendências religiosas ou voltados a raças, bandeiras e culturas que enriqueceram a humanidade através dos séculos.

De Eliane Mendes, viúva do notável compositor Gilberto Mendes, recebi decisiva apreensão dos valores aviltados na atualidade. “Sim, há uma grande decadência da cultura geral em todo mundo, basta ver a abertura dos jogos olímpicos na França, de um mau gosto e grosseria tão grande, vindo de um país de grande tradição cultural no passado. Sou de uma geração em que os pais nos ofereciam, na infância, o aprendizado de um instrumento e de uma língua estrangeira, para nos preparar desde criança para uma expansão da consciência através da cultura. Somos poucos, e cada vez menos, a procurar o que há de mais elevado dentro da cultura humana, embora a grande cultura e o grande aprendizado não estejam lá, mas sim dentro de nós, dentro de nossa Consciência Superior. Através de nossa Percepção adquirimos a Inteligência e o Conhecimento espiritual, que só a Sabedoria e a Razão podem nos dar. É uma tarefa que cabe a cada um de nós, e que ninguém pode fazer em nosso lugar, a não ser nós mesmos”.

A ilustre tradutora e professora Aurora Bernardini escreve: “A cultura erudita está submergindo, infelizmente, José Eduardo, mas resistamos…”.

O poeta, escritor e acadêmico Flávio Amoreira tem sistematicamente denunciado, através da sua coluna em “A Tribuna” de Santos, o aviltamento cultural presente e o desprezo das novas gerações à leitura: “Triste desmonte, a começar pela ausência de filosofia, da escolástica, ausência da nossa raiz comum, o latim, mas principalmente a indigência vocabular, a miséria literária, o processo de idiotização através do primado do visual e o tsunami de platitudes digitais; bravo!”. Bem salienta o insigne pensador e poeta português Agostinho da Silva: “Escrevendo ou lendo nos unimos para além do tempo e do espaço, e os limitados braços se põem a abraçar o mundo; a riqueza dos outros nos enriquece a nós. Leia”.

A renomada poetisa Carolina Ramos, hoje nos seus gloriosos 100 anos, envia-me um poema sobre a significação do livro, progressivamente esquecido por tantos das novas gerações, presos que estão às telinhas “imantadas”, úteis na atualidade se bem utilizadas.

Bendito seja…

As palavras o tempo apaga e arrasta
- pétalas soltas, ao sabor do vento…
O livro é escrínio que resguarda e engasta
as joias perenais do pensamento!

O livro é amigo silencioso.  E basta
que traga em si o gérmen do talento,
para, banindo a dúvida nefasta,
mentes clarear e aos sonhos dar alento!

Bendito o livro, que mantém o lume
do saber, a ajudar a erguer-se um povo
que na cultura o seu lugar assume!

Bendito seja quem imita os astros,
valorizado, a cada instante novo,
à luz de um livro, que lhe doura os rastros!

Gildo Magalhães, professor titular jubilado da USP e várias vezes presente em Ecos, escreve sobre o insigne pianista Sequeira Costa e sua magistral interpretação de “Gaspard de la nuit”, de Maurice Ravel, assim como a respeito da interpretação dos 24 Estudos de Chopin: “De fato, é uma execução soberba! E seu blog traz implícita resposta ao que talvez muitos leitores se perguntem: Por que José Eduardo não gravou esses estudos? Fica claro que: 1. A excelência já está garantida por outros intérpretes, o que poderia ser acrescentado? 2. Há porém outros caminhos que derivam dessas composições, essas trilhas pouco ou nada batidas estavam esperando pelo José Eduardo. Fica assim a impressão de que, recolhendo aqui e ali nos blogs, é possível traçar uma autobiografia de José Eduardo, o que é muito bom!”.

Um leitor sugere algo de interesse. Pergunta-me se tenho porventura alguns traços das aulas a respeito dos Estudos de Chopin que inseri no blog de 27 de Julho último. Prazerosamente adiciono ao presente post três curtos segmentos dos Estudos com as anotações de Sequeira Costa na minha partitura. Estávamos em 1959-1960.

Torna-se imperiosa uma reação ao atual quadro da sociedade. No seu conjunto, realmente os que lutam pela preservação da cultura humanística, da moralidade e dos costumes são minoria, hélas. Contudo, apesar dessa desvantagem numérica, há a chama que não se apaga. E é no seio da família, através do exemplo dignificante, e na atuação do professor vocacionado junto às classes da infância à juventude que se forjarão mentes que entenderão que está na conduta alicerçada em bases seguras o caminho para as transformações.

The readers’ messages concerning the last two blogs were basically unanimous about cultural decadence, the discouragement to reading and the highest praise, in the post about the Portuguese pianist Sequeira Costa, for his interpretations.

Nova criação sinfônica de François Servenière

É necessário evitar estar na moda no nosso métier!
Ao menos se buscamos outra coisa que as satisfações imediatas, materiais notadamente.

Nenhum compositor pode estar seguro que a sua música sobreviverá;
mas um método certo para escapar da posteridade, é seguir os ditames da moda.
Ela passará certamente, a música com ela, enquanto que uma música pensada fora dessass preocupações conserva uma chance de se increver na história.
Serge Nigg (1924-2008)

Inúmeras vezes o notável compositor francês François Servenière (1961-) esteve presente neste espaço, não apenas através de suas composições, como igualmente a partir de reflexões sempre plenas de interesse sobre música, artes e a atualidade em suas ramificações. Enviou-me recentemente uma composição ousada, recém-composta e plena de simbologia. Trata-se da “21ème Renaissance”, Sinfonia Concertante em um só andamento, subdividida em 16 pequenos episódios.

Deixemo-lo expor, através de frases retiradas da sua exposição preliminar, os motivos que o levaram à criação da significativa composição: “A luta contra todo o absolutismo e contra todo o obscurantismo é sempre uma luta pela vida, mas esta última termina sempre em triunfo. Iniciado no outono de 2014, ‘21eme Renaissance’ é uma metáfora lúdica do nosso tempo nesta batalha permanente entre os titãs – o niilismo e a morte contra a vida. A nossa época tem o privilégio de testemunhar a culminação das consequências catastróficas da ideologia deletéria em todos os níveis da sociedade. O pano de fundo da atmosfera neoclássica pós-moderna é enriquecido pelas contribuições técnicas dos meados do século anterior. Séries, ritmos, atonalidade, radicalismo, música repetitiva, apologia de períodos anteriores e mestres inspiradores misturam-se e dão uma cor muito inovadora numa partitura revolucionária para o nosso tempo”. Uma rica orquestração, acrescida de 60 vozes, dimensiona o grandioso projeto. Nesta permanente luta do bem contra o mal, resulta a morte do demônio, justamente no compasso 666, número este expresso no livro do Apocalipse, cap. 13, versículo 18: “Aqui há sutileza! O homem dotado de espírito calcula o número da Besta, pois é o número do homem, e o seu número é 666”. Considere-se que, “tanto em grego como em hebreu, cada letra tinha um valor numérico correspondente à sua colocação no alfabeto” (La Sainte Bible, Paris, Du Cerf, 1956, pg.1631). Servenière observa: “O suposto ‘número da Besta ou de Satanás’ tem propriedades matemáticas incríveis…”

“21ème Renaissance” se apresenta, sob determinada ótica, como uma obra à margem das inúmeras tendências composicionais – tantas delas arrivistas – que surgiram a partir da metade do século XX, mais acentuadamente, e que levaram o ilustre compositor francês Serge Nigg a dizer que, quando verifica o grande número de compositores que se apresenta num Festival de Música Contemporânea, “sente frio na espinha”.

François Servenière domina a escrita composicional. Cultua o passado, respeita-o, mas inova sempre a partir das bases sólidas adquiridas. Suas composições, sejam elas para piano solo, canto e piano ou orquestrais, revelam o mestre. Tendo gravado várias de suas composições, Sept Études CosmiquesAutomne CosmiqueTrois Morceaux pour endomir l’enfant d’un artiste, Promenade sur la Voie Lactée e três peças das Tribulations d’un écureuil Lambda, entusiasmaram-me os processos técnico-pianísticos elaborados, a qualidade escritural sem quaisquer indícios de panfletarismo e a criatividade de Servenière.

Os dezesseis quadros da Sinfonia Concertante, apesar da diversidade, têm elos que tornam a obra identitária. São as impressões digitais de um autor que configuram o compositor com linguagem definida. Sinais presentes em “The Sacred Fire”, outra obra maiúscula de Servenière (vide blog: “The Sacred Fire”, 06/05/2023).

A presença, em tantos segmentos, do “ostinato” em diversificada instrumentação, somada às modulações constantes e a escrita irrepreensível, possibilitam o amálgama perfeito com a temática inspiradora, no caso, vida e morte. Essas aparições repetitivas e insinuantes não seriam o peristilo do drama ou tragédia atual, em que ideologias antagônicas se degladiam, hoje globalmente, sempre mais acidamente? Não seriam o grito angustiado da humanidade a não antever a paz duradoura?

Um aspecto que é fulcral nas composições de François Servenière é a coerência. Tendo transitado por inúmeras de suas obras, sempre admirei no autor essa qualidade. Tanto em “The Sacred Fire”, como na atual “21ème Renaissance”, detecta-se o fio condutor de sua arte composicional. A dialética estaria presente, pois Servenière, nos tantos quadros musicais de impacto, busca o diálogo, mas sempre com o intuito de defender suas posições, máxime em se tratando da eterna disputa do bem contra o mal no mundo hodierno tão pleno de discórdias, extremismos e absoluto descaso pelo ser humano. A morte do demônio, justamente no paradigmático compasso 666, é a possibilidade da esperança e Servenière a tem.

Numa outra visão, poder-se-ia acrescentar que François Servenière distancia-se daqueles que buscam guetos composicionais, que se nutrem da aceitação quase unânime de seus reduzidos membros. Sob outra égide, também a aceitação plena, sem assimilação da criação, não o entusiasma. As temáticas dessas últimas obras sinfônicas estariam voltadas à denúncia daquilo que, hélas, se avizinha, o recrudescimento da nefasta dualidade, o desprezo ao entendimento mercê das posições herméticas existentes. Antolha-se-me que François Servenière atende aos seus anseios latentes, que se expressam através da música. E esta é traduzida na partitura através das únicas verdades absolutas, o bem contra o mal, vida e morte.

A dimensão musical se potencializa através das imagens pertinentes que acompanham cada capítulo musical. São pinturas marcantes de gênios dos séculos XIV, XV e XVI, que se coadunam à perfeição com o conteúdo musical. Ao fim de cada segmento, a imagem se pulveriza, a propiciar a espera de outro segmento, nesse longo caminhar das origens do homem à morte do mal. Haveria melhor argumento para definir a esperança?

Clique para ouvir, de François Servenière, 21ème Renaissance – Sinfonia Concertante:

(603) 21ème RENAISSANCE – François SERVENIÈRE – YouTube

Os dezesseis segmentos da “21ème Renaissance:

1. Criação do mundo
2. Luta do bem e do mal
3. Elfos e Anjos
4. Corrompendo Lúcifer
5. A Dança do Diabo 2
6. O nascimento da vida
7. Niilismo e sua procissão de aves da desgraça
8. A luta contínua entre o bem e o mal
9. A colocação para o resto da vida
10. O amor destrói o niilismo (coral)
11. A dança infantil da alegria
12. Embriaguez da juventude
13. FINAL
14. A força vital primitiva, monstruosa e rebelde
15. A vida, o único órgão do Universo
16. A morte do diabo (compasso 666)

A recurring debate has agitated the art world and global society since the dawn of humanity: the struggle between the ancient and the modern. “21ème Renaissance, Sinfonia Concertante in one movement”, is the latest symphonic creation by the illustrious French composer François Servenière. Life and Death are present and the composer ends the work at measure 666, apocalyptic because it represents the death of the devil.

 

Leitores opinam e vaticinam

Temos, sobretudo, de aprender duas coisas:
aprender o extraordinário que é o mundo
e aprender a ser bastante largo por dentro,
para o mundo todo poder entrar.
Agostinho da Silva
(“Entrevista”)

O blog anterior suscitou posições saudosistas e outras expondo ceticismo quanto ao alcance atual da literatura específica destinada a adolescentes e jovens. Gerações de antanho foram atraídas por coleções ou livros avulsos com propósitos educacionais definidos. As muitas colocações dos leitores não deixaram de louvar as duas coleções, “O Thesouro da Juventude” e o “Mundo Pitoresco”, elogios esses vindos daqueles que acumulam muitas décadas.

Nos meus 85 anos, foram enormes as transformações experimentadas pela literatura para adolescentes e jovens dos meados do século XX e os da mesma faixa etária nos dias atuais. Outros são os interesses da maioria da juventude hodierna. As décadas que se sucederam pouco a pouco desviaram a atenção do conhecimento humanístico. Aceleradamente, após a internet, o aprender foi se tornando mais supérfluo, imediato e sucessivamente modificado, atendendo aos constantes avanços da tecnologia que, a cada passo, mais se distancia do legado literário-filosófico ditado pelos grandes mestres da Antiguidade ao século XX.

A superficialidade, irmã gêmea da brevidade das mensagens internéticas, não deixaria de penetrar no âmago de centenas de milhões que se prendem às telinhas para inteirar-se dos fatos de toda ordem e comunicar-se no cotidiano. “A pressa é inimiga da perfeição”, como se apregoava no passado, desvirtuou a língua, não apenas em termos do Brasil, mas em tantas outras terras, minimizou o pensamento, banalizou os costumes, atendo-se ao fugaz que não deixa traços, apenas prossegue em direção à paradoxal “sedimentação” da efemeridade, hélas.

O falar bem está a se estiolar. Em vários noticiários televisivos abundam os cacoetes; nos sites prolifera a inobservância do trato linguístico. Não teria sido a formação incompleta de determinados agentes da comunicação uma das causas?

Retorno à essência das mensagens que, em síntese, focalizou as leituras destinadas aos adolescentes e jovens nos meados do século XX.  Gildo Magalhães, ilustre professor titular aposentado da Universidade de São Paulo, aponta respectivamente para a formação décadas passadas: “É exatamente esta a sensação que você descreve que eu sinto também, ao folhear algo como o Tesouro da Juventude, ou até mesmo o Diccionario Lello, que meu pai tinha e me foi depois presenteado”. Lia-se muito e a memória retinha parcela considerável do conhecimento aprendido. A não menos notável professora titular aposentada da USP Aurora Bernardini observa com precisão: “É verdade. O desinteresse pelo conhecimento humanístico empobrece a memória e empobrece a vida. Mas que luta convencer disso as novas gerações!”

Como não me lembrar, em tempos bem remotos, da leitura dos livros de Monteiro Lobato (1892-1948)? Nos meus 10 ou 11 anos, percorri-os quase na totalidade e a turma do Sítio do Pica-pau Amarelo foi fundamental àquela altura. “História do mundo para crianças” (1933) levou-me primeiramente à leitura de “A Conquista da Terra”, de Wilhelm Treue (1909-1992), e à incrível “A Expedição Kon-Tiki”, de Thor Heyerdahl (1914-2002). O livro de Treue me foi extraordinário, pois de maneira didática o autor desvenda a epopeia do homem em suas conquistas e intrepidezes. Possivelmente  meu interesse pelas obras do aventureiro francês Sylvain Tesson (1972-) ao percorrer o planeta teria origem certa. São vários os blogs dedicados às suas andanças (Vide menu: Livros – Resenhas e comentários – lista). “Os doze trabalhos de Hércules” (1944) encaminhou-me aos vários livros sobre a mitologia grega. Esta, figuradamente personificada nas aventuras de Hércules, tendo os personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo a acompanhá-lo numa “distância segura”, abriu-me a perspectiva de leituras sobre a Grécia Antiga, seus filósofos, artistas e escritores. As incursões posteriores aos livros percorridos na adolescência tiveram pois origem segura. Não seriam aquelas obras o peristilo basilar para aprofundamentos? Naquele longínquo período de formação, a leitura, paralela aos deveres escolares e aos estudos pianísticos, propiciou o descortino.

Rememoro uma coleção especial. Tratava-se de biografias resumidas em uma ou duas dezenas de páginas que destacavam, em cada livro particularizado, compositores, filósofos, pintores, escritores… Traduzidas do inglês para o português, tinham elas importância fundamental, não apenas com exemplos de vida dignificantes, mas também como referências culturais e humanísticas que substanciavam o conhecimento geral, indispensável em tantas decisões que o jovem daquele período tinha de tomar em relação ao futuro. Outras biografias em volumes individuais foram “consumidas”: Mozart, Bach, Beethoven, Aníbal Barca, Fernão de Magalhães, Napoleão, Churchill e tantas mais… Aquelas âncoras, em suas áreas específicas, eram sempre revisitadas e o conhecimento penetrava na memória. Paralelamente líamos os clássicos, pois nosso Pai insistia que “o estilo é o homem”, sempre a mencionar o conde de Buffon (1707-1788).

O escritor e poeta Flávio Amoreira, em crônica publicada em “A Tribuna” de Santos, escreve: “É sabido que a alta literatura é sempre pedagógica, é sabido que ler os clássicos nos modifica (quase sempre para melhor) por toda a vida, é sabido que ler é uma atividade insuperável em busca de autoconhecimento e é sabido que escolas, governos e pais têm feito pouco para motivar os jovens ao hábito sagrado da leitura” ( Novembro, 2023). Verdades absolutas.

O presente post, a rememorar leituras realizadas a mais de sete décadas, fez-me debruçar sobre a importância de um hábito salutar que, paradoxalmente, a alta tecnologia tende a sufocar. A extinção do objeto físico em relação à Música clássica ou erudita, LPs e CDs; e a banalização temática de livros à disposição, “marginalizando” a grande literatura, estão a provocar o já mencionado culto ao efêmero e, com ele, um futuro incerto.

Readers wrote about the collections “O Mundo Pitoresco” (The Picturesque World) and “O Thesouro da Juventude” (The Treasure of Youth) as well as other books that were fundamental in the formation of past generations, understanding that the habit of good reading is essential from adolescence and youth onwards.